Sempre tive um sentimento ambíguo com relação a esta idade. Ao mesmo tempo em que me parece bonita pela imagem criada por Balzac, em que a mulher de 30 é madura, segura e está em sua plenitude, ela também me assusta com sua carga de cobranças estéticas, profissionais e pessoais da nossa sociedade.
Ainda bem que vivemos em uma época de grandes avanços tecnológicos e de importantes descobertas da medicina e por isso, ter 30 anos não é mais sinônimo de estar com o pé na velhice e sim estar na flor da idade, com todos os benefícios da vida adulta, com experiência suficiente para saber o que quer, mas com o entusiasmo e jovialidade dos 20 anos.
Eu deixo os 30 anos chegarem. Eles serão muito bem recebidos. Assumo meus 30 anos como pretendo assumir meus 80 anos (mesmo em guerra declarada ao espelho), com calma e felicidade pelo atual momento.
Ana Carol