quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Modernidade

Os tempos são outros. Relacionamento entre homem e mulher (no singular) é coisa de gente antiga, antiquadra. Titulo de gay, hétero, bi é algo completamente retrógrado. O negócio é ser livre. Ficar com quem quiser, seja masculino ou feminino. Outro dia alguém falou que a essência é o que importa. Ser fiel e monogâmico também é careta. Ter um só companheiro é não saber curtir a vida. Esse é o pensamento atual, que me assusta.

Neste mundo andrógeno, sou um alienígena. Eu sou careta, monogâmica e hétero. Sou o estopim do antiquadro. Não tenho curiosidade de como é ficar com uma mulher e nem curto mènage à trois. Sou a favor da felicidade nas suas mais divesas maneiras. Acho que o amor tem que sublimar as diferenças de raça, cor e sexo. Mas não posso concordar com a poligamia, seja qual for a orientação sexual.

Eu gosto de exclusividade, assim como me mantenho exclusiva. E com as coisas do jeito que estão, acho a relação mogâmica por opção (e não por imposições sociais ou religiosas) a mais bela expressão do amor. Preciso de um alguém que seja meu, tão meu que tenha meu nome.

O fim da repressão sexual causou uma certa confusão mental, que faz com que as pessoas queiram explorar ao máximo sua sexualidade. Questão de opção. Continuo achando que ter um único amor eterno enquanto dura é mais saudável e gostoso. Afinal, quem não gosta de ter um coração que seja somente seu?

6 comentários:

Fran disse...

Pode colocar meu nome na lista das pessoas "retrógradas" que você conhece.
Acho que muito mais que explorar o potencial da nossa sexualidade, temos é que descobrir nossa capacidade de amar já que não existem mais limites para serem transpostos.
O "x" da questão não é estar na moda ou seguir uma tendência de comportamento, e sim saber se aquele caminho te faz verdadeiramente feliz. O desafio é ter coragem para isso. Ir contra a corrente por que se conhece e se ama.
Ótimo texto!

Marla Rodrigues disse...

Eu tenho um amigo que só me chama de recalcada. Acho que isso explica tudo.

Ângela Nery Soares disse...

Adorei o texto e me incluo no rol das pessoas antiquadas que defendem a monogamia!!!
Beijos

Anônimo disse...

Amor é um sentimento tão difícil de definir que as pessoas criam um estereótipo para facilitar a sua identificação. Na sociedade ocidental e burguesa, o amor só pode ser vivenciado numa relação monogâmica, fundamentada num contrato chamado casamento. Em outras culturas mais evoluídas, o homem pode ter mais de uma mulher. Em outras menos avançadas, uma fêmea é rodeada por vários machos.
Mas creio que esse sentimento, que é supervalorizado em nosso meio,
não deveria ser uma mera imposição social. Acredito que o amor seja
algo individual, metafísico, divino e diabólico ao mesmo tempo, com todas as características singulares de cada ser humano. O meu amor é diferente do seu, que não se parece em nada com o de outros amantes por aí. Assim, existem diferentes formas de amar assim como há variadas formas de ver o mundo. O meu amor funciona para mim. O teu é adequado para ti. O amor deveria estar dentro das pessoas e não fora.
Deixando de enrolação cheia de frufru e partindo logo pra sacanagem, acredito num relacionamento a três, desde que sejam duas mulheres e um homem. Creio nisso, principalmente, se este homem for eu.
Ohhh, se liga, só tô tentando justificar uma fantasia masculina, machista e conservadora. Não tô aqui defendendo a igualdade entre os gêneros nem as relações homoafetivas. Acredito que os três envolvidos nessa suruba amorosa devem se amar muito para dar certo, seja lá o que significa dar certo nessa história. Caso contrário, existirá uma competição entre os integrantes e alguém pode ficar jogado para escanteio, inclusive o homem. Mas quando as duas tiverem TPM, ele volta a ser o queridinho do trio. Ou procura um novo amor de R$ 1,99.

Ungido do Senhor

Jodenon disse...

Carol,
Sou suspeito para dizer qualquer coisa que você faz, pois igual ao seu pai, você tem uma mente privilegiada. Ótimo texto, mas gostaria se eu tiver tempo de vida suficiente, daqui 29 anos, saber se com a velocidade das mudanças, você continuará sendo careta.
Pena que nesse quesito, minha alma gemea não pense como eu e sim igual a você.
Bjs.

Nut. Juliana Tolêdo disse...

Carol, apesar de não crer em amores romanticamente ocidentais, creio em cumplicidade. Sou monogâmica, heterossexual, decidida e não preciso de modismos. Mas esta sou eu. Acho que cada um deve fazer o que achar que é certo, desde que respeite o outro. Este é o centro da questão: como você enxerga o outro e que papel ele está exercendo na sua vida: para te servir ou para viver com você? Participa da suruba quem quiser, mas se me convidar eu não vou. Quer ficar com vários? Tudo bem, mas participe de um relacionamento aberto, e não de traições. Assim que penso. O último post no meu blog pode agradar você e a Fran. Vejam lá. Bjos!

Pesquisa:

Homens que traem as esposas e namoradas tendem a ter QI mais baixo e ser menos inteligentes, segundo um estudo publicado na revista especializada Social Psychology Quarterly. De acordo com o autor do estudo, o especialista em psicologia evolutiva da London School of Economics, Satoshi Kanazawa, "homens inteligentes estão mais propensos a valorizar a exclusividade sexual do que homens menos inteligentes".

Quem quiser mais detalhes é só pedir no meu blog que eu mando: http://altruismonanet.blogspot.com.