quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Destino, Belém

Amortecida pela visão aérea da floresta amazônica, já desci do avião simpática às suas linhas diante da exuberância dos rios que formam a península onde a cidade se localiza. Senti o baque do calor úmido e da pressão atmosférica fortemente. Mas, o universo desconhecido e de beleza surpreendente que se descortinou aos meus olhos me deixou tão espantada e envergonhada com o desconhecimento daquilo tudo, que logo me recuperei e lá fui desbravar aquela cidade.

Pôr-do-sol na Casa das 11 Janelas
Entre palestras, mesas redondas e apresentações de artigo, a cada dia uma nova descoberta. Belém é cheia de sabores, cheiros, história, natureza e cultura.

Pausas belas e saborosas na Casa das Onze Janelas e na Estação das Docas na companhia bem humorada da Márcia, minha amiga de luta acadêmica e companheira desta viagem. Um pôr-do-sol inesquecível. Chopp artesanal. Vento no rosto. Filhote com crosta crocante e risoto de maçã. O M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O Sorvete da Cairu. Saquerinha. Ar condicionado.

A imponência da Catedral da Sé, sua beleza e um pouco de história. Imagens do inacreditável Círio de Narazaré. Museu de arte sacra. Fé.

Márcia comprando o "Cheiro do Pará"
no mercado
Uma caminhada descontraída no Mercado Ver-o-peso. A cara do povo e seus sotaques. Calor. Suor escorrendo por todo o corpo. Essências perfumadas das plantas amazônicas, ervas para todos os objetivos: “O cheiro do boto”, “Tira Chifre”, “Engravida Rápido”, “Viagra da Floresta”. O odor da maniva em cozimento. A praça dos pescadores.

A arquitetura da cidade velha e a magnificência dos prédios do ciclo da borracha. Tudo de encher os olhos.

Rose, eu, Profa. Telma, Profa. Cintya
e Aline 
Não poderia deixar de mencionar os taxistas, que mereceriam um capítulo à parte e a simpaticíssima Rose, que nos acolheu amorosamente e “deu aulas” valorosas sobre a história de Belém.

Dentro do borboletário no
Mangal das Garças
Última parada: Mangal das Garças. Entre borboletas, vitórias-régias, pássaros e uma vista deslumbrante do rio, um “Filhote ao cheiro de kiwi e manjericão” inexplicavelmente gostoso para brindar o fim de nossa pequena jornada.

Sim, há pobreza, a comida típica parece estranha e não há saneamento básico em todos os lugares, mas Belém é muito mais que isso!

Volto na certeza que não vi tudo, mas com a sensação de quem recebeu uma grata surpresa do universo para reiniciar o semestre cheia de energia. Quer um conselho? Conheça Belém do Pará.

Por Francielle Felipe

4 comentários:

Sônia Regina disse...

Fran me deu vontade de conhecer esta cidade vc descreveu muito bem.bj

Nut. Juliana Tolêdo disse...

Que delícia! Amei cada foto, a natureza e o cardápio! Não imaginava tudo isso de Belém!

Anônimo disse...

Fran, vc é a primeira pessoa que vejo falando assim de Belém. Sua visão desta cidade me deixou com vontade de conhecer também!

Francielle Felipe disse...

Penso que muitas vezes as pessoas viajam cheias de preconceitos e uma visão muito etnocêntrica. Outras, detestam supresas e se incomodam com o inusitado. Ou às vezes, levam em consideração comentários de pessoas com o ponto de vista muito distindo do seu.
Eu tenho prazer com o desconhecido, portanto, amei! Gosto de experimentar mesmo que seja para dizer que não gostei.
Beijos