quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Homenagem a uma grande Diva

Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine." (I Coríntios)


O mundo está perplexo com a devastação do Haiti, causado por um terremoto, ontem. Dentre as vítimas, está Zilda Arns, a médica pediatra brasileira que trocou o consultório, pelas crianças pobres das favelas. Formada em medicina, Zilda aprofundou-se em saúde pública, visando salvar crianças pobres da mortalidade infantil, da desnutrição e da violência em seu contexto familiar e comunitário.

Compreendendo que a educação revelou-se a melhor forma de combater a maior parte das doenças de fácil prevenção e a marginalidade das crianças, para otimizar a sua ação, desenvolveu uma metodologia própria de multiplicação do conhecimento e da solidariedade entre as famílias mais pobres, baseando-se no milagre bíblico da multiplicação dos dois peixes e cinco pães que saciaram cinco mil pessoas, como narra o Evangelho de São João.

Em 1983, a pedido da CNBB, criou a Pastoral da Criança juntamente com dom Geraldo Majella Agnelo, arcebispo primaz de Salvador da Bahia e presidente da CNBB. Em 2004, recebeu da CNBB outra missão semelhante: fundar e coordenar a Pastoral da Pessoa Idosa.

Zilda Arns morreu atingida por uma pedra de concreto dentro de uma Igreja no Haiti, quando se preparava para uma palestra sobre a Pastoral da Criança na Conferência dos Religiosos do Caribe. Ela estava junto aos nossos irmãos menos favorecidos pelo dinheiro, porquem ela passou a vida lutando. A equipe do Reflexões de Uma Diva deixa aqui sua homenagem à milhares de vítimas do terremoto. Aos que sobreviveram, força para a reconstrução. Aos que já passaram para o outro lado da vida, paz para a nova caminhada. E à Zilda Arns, o nosso muito obrigada por representar tão bem a classe feminina.

3 comentários:

Osair de Sousa Manassan disse...

Uma católica praticante que gostava de estar entre os mais humildes... Morreu dentro de uma igreja entre os mais necessitados - ironia? Ou uma mensagem sutil de forças superiores?
Acho que, mais do que representar o gênero feminino, ela representou o que o Ser Humano ideal, necessário e tão raro.
Beijos, linda.
Estou adorando o blogue. Parabéns às Divas!

Nut. Juliana Tolêdo disse...

Esta mulher realmente era demais! E apesar das diferenças, todos temos o potencial necessário para fazer o bem. Fica aí uma mensagem de desprendimento e amor.

Mi Damas disse...

Exemplo que independente da religião o caminho é sempre o mesmo...o do amor ao próximo!